quinta-feira, 28 de junho de 2012

Uma revolução na arte da mecânica


O homem, já em seus mais antigos pensamentos, imaginava alguma forma de controlar um ser animado e que satisfizesse os seus desejos, quanto às tarefas diárias ou até mesmo ligado à alguma outra situação, como também, mecanismos de guerra.
Não é de todo estranho que Leonardo Davinci, em toda a sua genialidade também não o fizesse. Ele fez elaborados trabalhos sobre a mecânica elementar, e máquinas que para seu tempo, estavam além da concepção de normalidade para a época. Muitas destas máquinas, deveriam ter como "motor" em seu interior, um ou muitos homens, pois eram de um peso muito elevado e não teriam condições de locomoção caso um esforço muito grande não fosse aplicado. Desta forma, o propelente e o combustível para estas máquinas ainda não havia sido propriamente concebido, muito embora, Leonardo inventara outros mecanismos que utilizavam a tecnologia dos pêndulos (como as catapultas), sistemas de lançamento, como bestas (pequenos arcos de mão), que utilizavam de cordames e roldanas para efetuar os lançamentos e também utilizando a própria natureza, como a água e o vento. Este artefatos, tinham como objetivo, a automatização de um processo e que ao longo de varios séculos, vem sendo modificado de acordo com a capacidade inventiva de seus criadores bem como o material disponível para fazê-lo. Percebe-se que ao passar dos anos a tecnologia pungente, fez com que muitos dos inventos até então apenas sonhados, pudessem sair do esboço em um pergaminho, códex ou até mesmo papel, e pudessem existir.
A necessidade do homem em buscar em sua obra, algo que simbolizasse a sua essência, propiciou um número incontável de idéias e histórias sobre isso. Não é de deixar escapar, a história de Mary Wollstonecraft Shelley, (http://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Shelley), que narra a criação de um ser produzido em um laboratório, "Frankstein, o prometeu moderno" que levava o nome de seu criador. Pois bem, esta história ilustra bem esse tipo de comportamento, onde o homem quer se superar e provar para sí mesmo que é capaz de desvendar os misterios da vida e da morte, não medindo consequencias para obter resultados. Há uma implicação moral, espiritual e ética neste contexto, onde ao ser produzido tal ser,
é posto em julgamento uma série de princípios e crenças que pertencem apenas à esfera humana. Como explicar ao ser criado o que é ter uma alma, ou como seria, neste caso, o julgamento deste ser acerca de si?
De onde vim? Quem me concebeu? Quem eu sou? Porque você me fez? Eu tenho alma/espírito?
Este é o paradigma. Mesmo na atualidade ou que fosse no princípio de tudo, mesmo assim continuaria sendo um paradigma. Em nossos dias, onde temos a tecnologia em expansão, com toda a informação e ensino ao nosso alcance, talvez não demoremos a conseguir concretizar o que antes fora vislumbrado por Mary Shelley, e quando este dia chegar e pudermos olhar para nossa criação e tivermos que responder às suas indagações, o que diremos?